História do café

Origem do café: entenda porque o produto não é maior que o produtor

Produtores de café em trator agrícola

Ao explorarmos a origem do café, mergulhamos em um universo de sabores, aromas e histórias que vão muito além de uma xícara. Cada grão carrega consigo a identidade de um terroir único, a dedicação de um produtor e a tradição de determinada região.

É importante lembrar que, antes de chegar na sua xícara, o café passa por um longo processo e, por trás dele, existem muitos produtores e outros profissionais que se dedicam ao cultivo dos melhores grãos.

Portanto, ao saber a origem do café, e escolhê-lo por isso, é uma forma de você valorizar e reconhecer a importância desses profissionais

Diante disso, vamos entender mais sobre a origem do café, o processo que ele faz até chegar na sua xícara e a importância das pessoas que fazem parte desse processo. Vamos lá?

A importância da origem do café

Sabemos que o café é uma bebida bastante consumida em diversos locais do mundo e existem variados tipos de grãos de café.

A origem do café é um fator que influencia diretamente na qualidade da bebida. Afinal, cada região, clima e as técnicas utilizadas impactam no sabor e aroma do café que será consumido.

Por exemplo, os grãos cultivados em altitudes mais elevadas podem apresentar notas de sabor distintas e maior qualidade, enquanto aqueles de localidades mais baixas podem ter perfis totalmente diferentes.

Sendo assim, ao escolher um determinado café de acordo com a sua origem, ele será influenciado pela cultura e a história de cada lugar. Além disso, essa é uma forma de valorizar os produtores da região, que cultivam os grãos com cuidado e dedicação.

Portanto, saber a origem do café é essencial para entender e apreciar a diversidade de sabores e aromas que essa bebida pode oferecer. Assim, ao conhecer a origem do grão, você pode embarcar em uma jornada sensorial única, descobrindo novas nuances a cada gole.

Pessoa despejando grãos de café

História do café no mundo

Apesar de ser uma bebida muito consumida, não se sabe ao certo qual a origem do café. No entanto, muitos estudiosos acreditam que ela se remete ao século IX, na Etiópia.

Segundo a lenda, um pastor de ovelhas percebeu que os animais ficavam mais agitados, alegres e corriam por maiores distâncias quando comiam a folha daquele fruto. Intrigado, o pastor contou para a seu monge, que fez uma infusão com os frutos e absorveu as capacidades estimulantes dos grãos.

Porém, há ainda outra versão dessa lenda que diz que o pastor de ovelhas se assustou com o poder dos grãos e o jogou no fogão. Assim, ele pôde sentir o aroma dos grãos e os utilizou para preparar a bebida que conhecemos como café.

Saindo da Etiópia, os grãos do café chegaram na Ásia onde a planta era considerada milagrosa e, por isso, era usada nos cuidados médicos. Depois, ela chegou ao Egito, no século XVI e depois, à Turquia.

Estima-se que o café chegou na Europa em 1570, mais precisamente na Itália e, inicialmente, a igreja Católica proibia os cristãos de consumi-la, devido aos efeitos estimulantes da cafeína. Ela só foi liberada quando o Papa Clemente VIII consumiu e aprovou a bebida.

Com o passar dos anos, a bebida foi se espalhando ainda mais entre os países e se tornou um costume muito popular em toda a Europa, principalmente, entre os intelectuais que adoravam consumir o café em encontros e passeios.

História do café no Brasil

Já no Brasil, a história do café se inicia no século XVIII, sendo que a primeira muda foi trazida clandestinamente pelo sargento-mor Francisco de Melo Palheta, quando veio visitar a Guiana Francesa, chegando primeiramente em Belém.

No entanto, devido ao clima da região, o fruto não conseguiu se desenvolver da melhor maneira e, por isso, foi transferido para o Maranhão e chegou à Bahia em 1770. Já em 1774, as plantações também chegaram ao Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Assim, em 1860, o Brasil já era responsável por 60% da produção mundial do café, iniciando a famosa política do café-com-leite no país, se tornando a base da economia brasileira, um fato de extrema importância para o crescimento do país.

O Brasil prosperou por muitos anos com a exportação do café. No entanto, em 1929, a Grande Depressão de 29, nos EUA, fez com a safra de café brasileira sofresse uma grande desvalorização e tivemos um estoque muito alto de produto, o que causou um grande prejuízo financeiro.

Apesar desses acontecimentos, hoje em dia, o Brasil é o maior exportador de café do mundo, segundo a Organização Internacional do Café (ICO em inglês), ficando na frente de países como Vietnã, Colômbia, Indonésia, Honduras, Etiópia e Índia.

Portanto, a exportação do café representa grande importância financeira para o Brasil. 

Variedades de café e suas origens

Muitos países produzem café. Cada região e clima podem gerar bebidas diferentes, com características únicas. A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre as espécies mais cultivadas no mundo: Robusta e Arábica.

Robusta

O Robusta, também conhecido como Coffea canephora ou conilon, é um dos grãos mais cultivados no mundo. Ele é originário da África Central e Ocidental e é cultivado principalmente em regiões com condições menos favoráveis e altitudes mais baixas.

Uma das principais características desse tipo de grão é sua alta concentração de cafeína (2,7%), enquanto o Arábica tem 1,5%. Além disso, ele é um grão mais resistente e se adapta facilmente a diferentes ambientes, por isso, ele é uma das principais escolhas dos produtores.

O Robusta também é conhecido por criar uma bebida com acidez baixa, corpo mais pesado e notas mais amargas. E ele costuma ser bastante usado para criar café solúvel e blends.

Arábica

O café arábica tem origem na Etiópia e é considerado um dos grãos mais nobres, devido a sua complexidade de aroma e sabor. Além disso, os grãos são cultivados acima dos 800 metros, o que impacta diretamente no sabor, aroma e acidez final da bebida.

Por isso, o café arábica é conhecido por ter um sabor mais suave, levemente ácido e com notas naturalmente adocicadas, devido a sua maior concentração de açúcares em comparação ao café robusta.

Além do sabor, o arábica também se destaca por seu aroma delicado e frutado, pois ele contém uma quantidade de cafeína significativamente menor do que outras variedades de café.

Pessoa segurando nas mãos um punhado de grãos de café

O papel fundamental do produtor

O café passa por um longo processo para chegar até a sua xícara e cada pessoa nessa etapa é essencial para garantir o máximo de qualidade e sabor para a sua bebida. 

Porém, um dos profissionais mais importantes é o produtor, pois ele sabe que o café não é apenas uma bebida comum e pode impactar diretamente o dia de uma pessoa. 

Além disso, é ele quem cuida, com muito carinho, da lavoura e do cultivo dos grãos. Esses profissionais também possuem conhecimentos específicos para garantir a qualidade dos grãos.

No caso dos cafés especiais, esse trabalho é ainda mais detalhado, envolvendo métodos como a colheita seletiva e o manejo cuidadoso das plantações. Esses esforços têm um impacto direto no sabor e na qualidade do café que chega ao consumidor.

Aqui na William & Sons reconhecemos a importância desses profissionais, por isso, trabalhamos com alguns dos melhores produtores de café do Brasil e temos exclusividade dos grãos de alguns deles.

No nosso site você pode conhecer mais sobre os produtores de café parceiros!

Produtor mexendo em grãos de café

Qual a importância do cultivo do café?

O cultivo do café desempenhou um papel fundamental ao longo da história da humanidade, sendo responsável por moldar economias, culturas e sociedades durante séculos.

Por quase 100 anos, o café foi a principal fonte de riqueza do Brasil. Ou seja, foi através desse produto que o país pôde desenvolver sua economia, gerar novos empregos, desenvolver suas cidades e formar uma identidade cultural ligada à bebida.

Ao longo da história, o café também moldou o comportamento social em diferentes culturas. Na Europa do século XVII, por exemplo, as casas de café se tornaram centros de debate político e cultural, sendo apelidadas de “universidades do povo”.

Portanto, o café passou a exercer o papel de ponto de encontro social, associando o consumo da bebida a interações sociais, reflexões e até ao desenvolvimento de ideias revolucionárias.

A jornada do café: do campo à xícara

A xícara de café que você consome diariamente, é o resultado de um longo processo que se inicia no campo e envolve diversas etapas. 

Para entendermos melhor a complexidade e a importância de cada fase, vamos acompanhar a jornada do café, desde a colheita até chegar à nossa xícara.

Plantio das mudas

A jornada do café começa no plantio das mudas. Mas, antes disso, os produtores precisam preparar o solo para receber as sementes. Essa etapa é extremamente importante para garantir que os frutos cresçam saudáveis e evitar pragas na plantação.

Também é importante se atentar ao clima e altitude específica para iniciar o plantio. Sendo que o ideal é iniciar durante o período de chuvas para aproveitar a umidade do solo.

E, após um período de aproximadamente sete meses (esse período pode variar de acordo com cada região) os frutos da planta estão prontos para serem colhidos.

Colheita do café

A colheita do café deve ser feita quando os frutos estiverem no estágio cereja. Porém, a maior dificuldade nesse processo é que em um único pé pode ter frutos em diversos estágios, o que dificulta a separação. Nesse sentido, a colheita pode ser manual ou mecânica. 

A colheita manual é feita de duas formas: derriça no chão, que consiste em retirar todos os grãos do galho e deixá-lo cair no chão; ou a derriça no pano, que é semelhante a anterior, porém, os grãos caem em um tecido ao invés do chão.

Já na colheita mecânica, utiliza-se uma colheitadeira específica com varetas para colher os grãos.

Independente do modo de colheita escolhido, é importante ressaltar que ambos os métodos impactam diretamente na qualidade final da bebida.

Mão segurando grãos de café

Processamento

O processamento é a etapa seguinte da colheita dos grãos. Nela, os produtores lavam os grãos e retiram as pequenas impurezas como folhas, pedras, pedaços de galhos, etc.

Para a próxima etapa, é essencial garantir que passe somente os grãos maduros. Por isso, é feita uma triagem dos frutos, colocando-os na água, os que boiarem podem seguir, no entanto, os que afundarem, estão verdes.

Em seguida, as frutas do café passam por uma máquina específica que retira a polpa e as cascas, deixando-os prontos para a etapa seguinte.

Por último, os grãos passam pela secagem, um processo extremamente importante para garantir a máxima de qualidade para a bebida final. E ela pode ser feita das seguintes formas:

  • Natural: os grãos são separados em mesas de secagem ou terreiros de concreto;
  • Mecânica: nesse métodos, os grãos são levados para secadores de ar quente, que realizam a secagem e a evaporação da água de forma mais rápida;
  • Híbrido: utiliza ambos os métodos de secagem.

Torra

A torra é uma das etapas mais importantes e delicadas do café. Nessa fase, os grãos são torrados entre 180 °C e 240 °C, o que causa diversas alterações químicas e físicas, responsáveis por proporcionar o sabor e o aroma da bebida. O processo é dividido nas seguintes etapas:

  • Desidratação: a umidade presente no grão é eliminada em forma de vapor;
  • Reações intermediárias: ocorre a quebra de açúcar e caramelização dos grãos;
  • Pirólise: formação de moléculas de aromas complexos; essa é a etapa que demanda mais tempo.

Quando a torra é feita da forma correta, ela é capaz de realçar a qualidade, o sabor e o aroma da bebida. No entanto, se ela for exagerada, significa que os grãos tinham muitas imperfeições que precisam ser eliminadas, e isso resulta em um café com menos qualidade e mais escuro.

Análise da qualidade

Nessa etapa, os especialistas analisam a qualidade dos grãos prontos e os classificam conforme os padrões mundiais. 

A Specialty Coffee Association (SCA) é responsável pela classificação internacional do café, utilizando uma escala de 0 a 100. Os cafés com maior qualidade, são aqueles que recebem uma pontuação acima de 80, denominados “cafés especiais”.

Empacotamento

Após ser colhido, processado, lavado, torrado e classificado, o café é cuidadosamente embalado para preservar suas características originais e preservar suas qualidades até o momento do preparo.

Comercialização

Após todas essas etapas, os pacotes de cafés viajam para diferentes regiões do país, chegando nos supermercados, cafeterias, padarias, empórios, etc. É nesse momento que você poderá adquirir o produto da sua preferência e prepará-lo como quiser.

Conexão entre café e comunidade: o que o café representa?

A produção do café não oferece apenas uma simples relação entre o produtor e o consumidor, ela também cria laços profundos com as comunidades onde ele é cultivado.

Isso porque, o cultivo do café envolve muitos aspectos sociais e econômicos que impactam diretamente a vida das pessoas, desde sua origem até chegar na xícara de milhões de consumidores.

Ao adquirir o café de origem responsável, como os da William & Sons, é possível estabelecer uma conexão direta entre o consumidor e o produtor, valorizando o árduo trabalho e conhecimento desse especialista, que se manifesta na qualidade da bebida. 

Também é importante mencionar que, apoiar essas comunidades, também é uma forma de preservar um patrimônio cultural e contribuir para o desenvolvimento local e sustentável.

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O café na William & Sons: um convite para conhecer e valorizar as comunidades

Como vimos ao longo desse texto, a origem do café influencia diretamente no seu sabor, aroma e corpo. E o local e as condições na qual ele é cultivado reflete diretamente na bebida que você consome.

Portanto, saber qual a origem do café é essencial para entender e apreciar a complexidade dessa bebida tão amada e consumida por milhares de pessoas ao redor do mundo.

Diante disso, te convidamos a visitar o site da William & Sons Coffee Co. e conhecer a nossa linha completa de produtos. Assim, você poderá descobrir mais sobre a nossa paixão pelo café e contribuir para um futuro melhor para os produtores e suas comunidades!

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